segunda-feira, 3 de novembro de 2008


pedi-te um segundo, um minuto - eu sei uma hora é demais.
joguei com o que tinha e já isso era pouco.não, não está aqui ninguém e é por isso que tu não vens?
quanto menos colheres melhor o jogo e, enquanto o faqueiro encolhe, mais fundo golpeias.
de todos os frascos na prateleira fui tirando um a um. a cada boião que cai são os estilhaços de geleia e vidro que me dão a torrada.
isso da luz foi pouco... e o prémio final derradeiro.
regredi até ao ponto de não regressar, porque eu cometi o erro ao voltar.
sim fui eu, contornei o gato e escondi a luz.
eram 13 para as 17 e escondi-a no meu bolso para que houvesse razão para enganar.
agora que preciso, que procuro não a encontro.
tenho um buraco no bolso e perdi a razão para sempre.
estar na fila já não importa e o que me disseram foi: "até um dia."