terça-feira, 28 de outubro de 2008

não há nada de preciso para dizer, apenas que sinto. sinto a tua falta ou o toque de puder contar contigo quando está escuro. eras tu que, quando fazia frio vinhas esperar-me à soleira da porta e aquecer o meu corpo quente, aquele meu corpo não habituado ao gélido frio da manhã. era a tua camisola de lã azul que eu de tão perto via e queria cheirar, agarrar, tomá-la minha. eras tu que selavas os meus olhos com beijos e tornavas tudo escuro e, no entanto, tão apaziguador, calmo. eras tu que lá estavas para me aquecer no teu abraço, para sorrires para mim. eras tu, aquele menino homem, que tudo me dava sem exigir nada em troca. sem te dares conta, deste-me a tua tristeza, a tua alegriae o teu mundo.
enfim, ondes estás tu menino homem?

3 comentários:

Soul, Heart, Mind disse...

Por vezes, deixamos de adormecer sem aquele abraço que traz consigo os sonhos e passamos a adormecer apenas com o cansaço.
Por vezes, deixamos de saber caminhar sem aquela mão para nos acompanhar.
Por vezes, deixamos de saber para onde olhar sem aqueles olhos que perscrutam o mundo na mesma direcção...

Pode ser que regresse o homem, deixando para trás o menino.

laura b. disse...

Acho que o homem se esqueceu do caminho, ficando ele e o menino para trás.

Anónimo disse...

talvez se tenha perdido.
porque não lhe ofereces uma bússola?
sabes que os homens-menino muitas vezes precisam que lhes demos as mãos e são demasiado orgulhosos para perguntarem o caminho.